Mitos e crendices sobre Aleitamento Materno.
- Darlianne Cardoso.
- 1 de jul. de 2016
- 4 min de leitura

Muitas crendices populares, mitos e tabus comentados com as lactentes e familiares produzem preocupações equivocadas e desnecessárias em um período em que a ansiedade e intranquilidade podem trazer malefícios ao bom aleitamento materno.
Um dos muitos mitos mais difundidos é que a mulher não é capaz de assegurar leite suficiente para o bebê. O mito do leite fraco geralmente procede do desconhecimento da lactante sobre o colostro. Muitas gestantes temem a dor no momento do aleitamento materno, mas a dor geralmente ocorre quando o bebê está em uma posição incorreta.
Outro mito fortemente preconizado é que o leite industrializado pode substituir o leite materno, porém, o leite industrial não possui anticorpos maternos que possam combater infecções, não apresenta hormônios e enzimas, e mesmo apresentando mais proteínas que o leite materno, elas não são facilmente digeridas pelo organismo do bebê e sua composição pode não ser bem aceita para o bebê.
Crendices populares como se o bebê arrotar no peito durante o aleitamento poderá estragar o leite ou machucar o bico do seio, que o vinagre tomado pela mãe poderá descontinuar a produção de leite (“cortar” o leite), que o bebê não pode sair de casa ou receber visitas no sétimo dia para não adoecer. Crendices de mau-olhado não possuem fundamento científico algum, mas que podem interferir na tranquilidade da lactente e dificultar o aleitamento materno.
Baixa produção de leite?
Deve ser questionado o quanto o bebê está recebendo de leite e se a quantidade é suficiente, e não considerar o quanto de leite a mãe pode produzir. A recém-mãe deve ser encorajada a se sentir segura pela quantidade inicial, cor e consistência do colostro antes de sair da maternidade para não concluir que seu leite é fraco. O bebê deve estar sugando com efetividade para que ela tenha certeza de sua capacidade em alimentá-lo.
A quantidade de leite materno tem variações em função da necessidade do bebê de se alimentar, da frequência com que mama, do período da lactação e, também, da capacidadeda glândula mamária materna. Em casos extremos, o estado de nutrição materna pode ter efeito nocivo sobre a quantidade de leite produzido, e, geralmente, o lactente recebe todos os nutrientes que necessita.
Porém, uma das causas mais frequentes do desmame precoce é que as nutrizes acreditam que o volume de leite produzido não é o suficiente para seus filhos. Essas mulheres devem ser orientadas a reconhecerem que se o filho está aumentando seu peso corporal e altura é porque ele recebe o volume adequado de leite materno.
O bebê demonstra que consegue leite materno em quantidade suficiente quando demonstra boa sucção e mama oito ou mais vezes ao dia, apresentando sucção com bom ritmo e demonstrando que ficou satisfeito no intervalo das mamadas. O bebê que mama o suficiente se demonstra alerta, com tonicidade muscular normal e tem a urina transparente, fazendo de seis a oito micções por dia e aumentando seu peso de 18 a 30 gramas por dia (dependendo da sua idade).

Muitas vezes, as mamadas em maior frequência (o que é normal em bebês pequenos com aleitamento materno exclusivo) e o choro da criança por atenção são fatores que podem induzir a nutriz e sua família a uma grande ansiedade, que pode ter reflexo na criança, levando o bebê a mais choro e aumentando a ansiedade da família num círculo vicioso. Esse é um momento crucial, porque a mãe pode entender que a criança está com fome e oferecer leite artificial em mamadeira, o que leva à diminuição das mamadas e possível desmame.
Quando uma mãe acredita que realmente não produz leite suficiente para seu filho, é necessário dar apoio e confiança a ela, enaltecendo aspectos positivos e, se necessário, dar ajuda prática, como: auxílio na posição da mamada e buscar melhorar sua autoestima e confiança, concentrando esforços na causa da baixa produção do leite, se realmente existir.
É preciso reconhecer com exatidão quando uma nutriz realmente demonstra baixa produção de leite, e o diagnóstico acertado depende de uma boa anamnese, observação das mamadas, exame das mamas e exame físico da criança. A baixa produção de leite pode ser classificada em baixa produção propriamente dita e em baixa transferência de leite.
A baixa produção de leite propriamente dita ocorre com a presença de vários fatores: uso de mamadeiras e chupetas que podem causar a “confusão de bicos” fazendo com que o bebê fique confuso ao sugar, oferta de outros líquidos ao bebê entre as mamadas, descontinuação das mamadas noturnas, inflexibilidade no horário das mamadas, cirurgia mamária antes da gravidez com retirada de tecido glandular, uso de remédios que podem interferir na produção de leite, doença na mãe e diminuição da produção de leite da mãe por controle hormonal.
As principais circunstâncias da baixa transferência de leite são questões que envolvem a pega e a posição, a utilização de cremes ou substâncias que possam alterar o cheiro e o sabor das mamas, mamadas não frequentes e curtas, mamilos com apresentação invertida ou plana, cirurgias mamária com diminuição de tecido glandular, mamas com lesões ou ingurgitamentos, fatores relacionados estresse e cansaço, e outros fatores relacionados à criança (por estar cansada, com sono, com calor, dor, frio, ou por ter alguma doença que possa complicar as mamadas).
Algumas medidas que auxiliam no aumento de produção de leite são: aumentar o número e a duração da mamada, corrigir a pega do bebê à aréola para que a sucção seja eficiente, estimular as mamas com a sucção, estimular o descanso da mãe entre as mamadas, aumentar a ingestão de água, líquidos e alimentos por ela, além de oferecer apoio, incentivo e carinho dos familiares e das pessoas envolvidas na amamentação.

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